quarta-feira, 6 de maio de 2009

Ela.


No meio da noite sozinha a vagar, colhendo as flores que encontra no caminho. Encanta-se com as luzes que alumiam seus olhos, se alegra com o cantarolar de pássaros que nem sequer estão ali, mas ela faz questão de acreditar que sim. Pede paz pro seu coração, calma nos seus dias, cautela nas decisões, esperança na vida, fé pra dentro de si. Ela pede, e acredita que será atendida, não sabe em que momento, mas tem a certeza que não pode demorar, pois, até quando suportará viver sufocada por uma culpa que não merece carregar?
Ela busca apoio onde menos imaginava encontrar, e se apóia fortemente, arranca dali energias necessárias para seguir. Nada disso é coisa besta, e muito menos um drama qualquer, isso é a realidade que insiste em gritar a todo instante para que ela ouça o quanto é preciso coragem.. pra lutar por ela mesma! E ela é apenas uma menina, que aprendeu a ser mulher, e hoje tenta se reecontrar, ou quem sabe até se perder.

Ainda que tarde, agora que é tarde
Sempre é cedo, cedo
Ainda que tarde, agora que é noite
Eu sinto medo...
(Amrago – Zeca Baleiro)

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